Chica
da Silva
Francisca da Silva de Oliveira (1732-1796) foi uma
escrava que viveu no Brasil na segunda metade do século XVIII. Manteve uma
relação durante quinze anos com o rico contratador de diamantes João Fernandes
de Oliveira. Atingiu uma posição de destaque na sociedade, época em que a
questão da escravatura era muito evidente.
Nasceu no Arraial do Tijuco, atual cidade de Diamantina,
Minas Gerais. Filha de Antônio Caetano de Sá e Maria da Costa. Foi escrava de
um proprietário de lavras, o sargento-mor Manoel Pires Sardinha e teve um filho
chamado Simão Pires Sardinha.
Com 22 anos foi comprada pelo rico contador de diamantes,
João Fernandes de Oliveira, que chegou ao Arraial do Tijuco, em 1753. Depois de
alforriada, passou a viver com o contador. João Fernandes retornou a Portugal
com seus quatro filhos e deixou no Brasil Chica da Silva com suas filhas e a
posse da propriedade. A união do casal durou 15 anos e tiveram 13 filhos.
Mesmo sem viver com João Fernandes pelo resto de sua vida,
Chica da Silva conseguiu distinção social e respeito na sociedade elitista de
Minas Gerais, no século XVIII.
Passou
a conviver com a elite branca local, inclusive obtendo escravos negros. Doou
parte de seus bens às irmandades religiosas do Carmo e de São Francisco, que
eram exclusivas de brancos, e às das Mercês, exclusivas dos mestiços e a do
Rosário dos Pretos, que eram reservadas aos negros.
Chica
da Silva faleceu em Serro Frio, Minas Gerais, no dia 15 de fevereiro de 1796.
Foi sepultada na irmandade religiosa de São Francisco de Assis, exclusiva dos
brancos.
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